quinta-feira, 21 de outubro de 2021

 

Machismo

            O que é machismo (ou uma pessoa machista)?

O machismo é um preconceito, expresso por opiniões e atitudes, que se opõe à igualdade de direitos entre gêneros, favorecendo o gênero masculino em detrimento ao feminino. Ou seja, é uma opressão, nas suas mais diversas formas, das mulheres feita pelos homens. Na prática, uma pessoa machista é aquela que acredita que homens e mulheres têm papéis distintos na sociedade, que a mulher não pode ou não deve se portar e ter os mesmo direitos de um homem ou que julga a mulher como inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais.

O pensamento machista é cultural e inerente aos diversos aspectos de uma sociedade, como a economia, a política, a religião, a família, a mídia, as artes, etc…Tendo sido normalizado por muito tempo, há apenas algumas décadas esse comportamento é problematizado, especialmente pelos movimentos feministas, que lutam pela igualdade de gênero, isto é, pela extinção da cultura machista nos diversos âmbitos da sociedade. Mas não é todo mundo que concorda que o machismo deve ser combatido, o que faz com que, apesar dos esforços feministas, ele ainda esteja presente em tantos ambientes.

  •     Sociedade patriarcal

Dentre os vários setores da sociedade em que o pensamento machista se faz presente, a família é um dos mais debatidos atualmente. Isso porque a maioria dos núcleos familiares, tanto dos países ocidentais quanto dos orientais, é estruturada colocando a figura do homem/pai em uma posição de superioridade e atribuindo a ele o papel de sustentar a casa, enquanto que a mulher é submissa à vontade masculina. Por mais que esse cenário esteja mudando e muitas famílias já não partilham desses pressupostos, a sociedade ainda é, em grande parte, patriarcal, ou seja, voltada para a figura do homem.

Sabe-se que o machismo privilegia os homens em relação às mulheres, colocando-os em uma posição hierárquica superior. Porém, atitudes machistas nem sempre transparecem essa noção de hierarquia, especialmente quando são justificadas pela ideia de que as funções distintas entre mulheres e homens é algo natural, alegando que “diferente não significa pior”.

Por exemplo, uma ideia considerada machista em relação ao funcionamento de uma família é a de que a função inerente ao homem é consertar os problemas físicos de uma casa, já a da mulher é limpá-la e mantê-la organizada. Mesmo que limpar e organizar a casa não seja uma tarefa “pior” do que consertar algo quebrado, o fato de designar uma função para cada gênero, não dando a possibilidade de que a mulher opte por não ficar responsável pela limpeza – ou o homem opte por não ser responsável pelos consertos – é uma forma de limitar a liberdade de escolha desses indivíduos.

Além disso, a divisão de tarefas domésticas é desigual: para além de cuidar da casa, as mães geralmente são as responsáveis por cuidar dos filhos e educá-los. Tais responsabilidades – conhecidas como a dupla jornada de trabalho feminina – dificultam que as mulheres tenham o mesmo progresso que os homens dentro do ambiente profissional, pois não possuem a mesma disponibilidade de tempo para se dedicar à carreira.

  •     O estereótipo feminino e masculino

Um dos pilares de sustentação do machismo é a estereotipização do que é feminino e do que é masculino, ou seja, o que mulheres e homens devem ser e como devem agir de acordo com o seu gênero. Para entender esse conceito, é preciso antes distinguir gênero de sexo.

Enquanto o termo sexo está ligado à composição cromossômica do indivíduo e ao tipo de aparelho reprodutor do indivíduo, o gênero abrange aspectos psicológicos e comportamentais, isto é, características psicossociais relativas a cada sexo. Isso significa que a identidade de gênero é a expectativa social que se tem do que o sexo masculino e feminino devem ser, por isso é uma distinção social e não biológica, como o sexo.

É nesse sentido que surgem os estereótipos de gênero, um conjunto de crenças acerca dos atributos pessoais considerados adequados ao gênero feminino e masculino. Por exemplo, há um senso comum de que as mulheres naturalmente apresentam características emocionais como serem gentis, emotivas, compreensivas, indecisas e dedicadas; já os homens são considerados competitivos, independentes, decididos e agressivos.



Fonte: https://www.politize.com.br/o-que-e-machismo/



 

Estilo Street Wear

O início dessa moda vem da Grã-Bretanha da década de 1950, a partir de uma união entre música, política e a arte do povo. Já naquela época, as roupas desse estilo eram usadas como forma de expressão da geração jovem, mostrando personalidade e originalidade.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as mídias culturais foram amplamente consumidas pelos jovens, principalmente as músicas de Rock ‘n Roll e Hip Hop. Dominados por essa onda, a juventude inglesa de baixa renda passou a se reuniu em cafeterias e casas de show em grupos, ficando conhecidos como “Teddy Boys”.

As peças eram marcantes e cheias de estilo: grandes e escuros casacos sobrepunham calças jeans ajustadas ao corpo. As camisas mais formais eram mescladas com coletes e calçados com visual mais bruto e sola de borracha.

Na década de 1980, seguindo o conceito de Shawn Stussy, marca que surgiu naquela época, os jovens americanos começaram a aderir o estilo das ruas, com as camisetas com estampas de desenhos personalizados.

Com o passar dos anos, o estilo começou a ser atrelado a diversos esportes de prática urbana, como o skateboard e o basquete. As roupas também foram ganhando cortes diferenciados, com peças largas, mantendo sempre o conforto.

 

Street Wear no Brasil

O Brasil, o street wear encontrou raízes férteis para se desenvolver e conquistar pessoas em todas as regiões e classes sociais do país. As peças ganham designs super criativos e originais na moda brasileira.

Diversos artistas e esportistas tornam-se adeptos e propensores dessa moda justamente por ostentar bastante estilo. O rapper Emicida, por exemplo, tem sua própria marca de roupas street wear, a Laboratório Fantasma, inaugurada há 11 anos.









Fonte: blog.taco.com.br











quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Conquistando espaços

 

Conquistando espaços

 Do alto de andaimes ou com os pés fincados no concreto quente de Fortaleza: há sempre um muro pronto para elas quebrarem uma barreira. Se até 2006 apenas uma mulher era reconhecidamente grafiteira na cidade, 13 anos depois elas se multiplicam - e, em nível do mar ou das nuvens, empunham latas de spray como armas potentes contra as desigualdades social, racial, de gênero e outras discriminações. O fortalecimento da presença feminina em um espaço majoritariamente masculino, porém, tem sido gradual, e acompanhado pela artista Viviane Lima, 31. Inspirada em Teia, pioneira no grafite em Fortaleza, Vivi (como assina as obras) marca os muros da cidade desde 2006, e hoje tem uma loja de artigos para grafiteiros.

"Quando comecei, me senti uma das responsáveis pelo fortalecimento da cena feminina no Estado, na obrigação e tendo o prazer de ajudar essa nova geração de mulheres e homens a iniciarem-se no universo", relata.

Com letras desenhadas que gritam por igualdade, principalmente na periferia, os trabalhos da artista estão espalhados não só por Fortaleza. Já tendo passado por Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, em junho, Vivi foi a única cearense a participar de um evento internacional de arte urbana feito por mulheres e para mulheres: o Graffiti Queens, do qual participaram, em São Paulo, cerca de 100 artistas.

Reconhecimento

 Romper barreiras por meio dos muros, mostrar que a rua, tão historicamente feita para o homem, é também da mulher, por direito, é uma das maiores potências da arte e do grafite, como opina a artista urbana, ilustradora e tatuadora recifense - mas moradora de Fortaleza há seis anos - Alexsandra Ribeiro (ou Dinha), 32. "A arte nos leva a lugares que a gente nunca imaginou: a rua é o principal deles, mesmo ainda sendo perigosa pra nós. Mas não vamos sós. Muitas mulheres me influenciaram a começar, lá em 2008, e ouço muito o feedback de meninas que começaram a pintar ao me verem", orgulha-se.

É a produção de uma arte-espelho, feita para que a outra se reconheça e se sinta parte, que contribui não só para aumentar a segurança feminina de ganhar as ruas, mas para estimular o empoderamento e a autoaceitação. "Eu sempre retratei mulheres, para que elas pudessem se ver na minha arte. Quando passei pela transição capilar, passei a pintar mulheres e crianças negras. Um trabalho que fiz no Cuca Jangurussu me marca muito. Uma mãe relatou que a filha viu o mural e disse 'ó, mãe, parece comigo!'. Era o grafite de uma menina negra".

O grito contra o racismo é só uma das diversas bandeiras hasteadas por mulheres que, apesar de unidas, devem ser reconhecidas em suas especificidades, como ressalta Cecí Shiki, artista urbana há dez dos 35 anos de vida. "A arte feita por mulheres comunica uma invisibilidade, necessidades muito próprias do nosso corpo, da maternidade pra quem escolhe ser mãe, do que é imposto e que não aceitamos mais, de um chacoalhar da masculinidade, de denunciar o machismo", sentencia.

Ocupar

 Presença que, tantas vezes, ainda é interceptada pela prepotência masculina. "Os caras se sentem à vontade pra chegar e opinar sobre o seu trabalho, como se você não tivesse conhecimento da técnica ou do conceito. Existe um desrespeito ao espaço da mulher. A rua e o público sempre pertenceram a eles, e a mulher sempre foi relegada ao lar. Mas, hoje, temos visibilidade maior, tanto com mais trabalhos expostos como por movimentos de ocupação: grafitar, caminhar, andar de bicicleta são formas de ver mais mulheres ocupando", aponta Ceci.

Para a grafiteira Tereza Dequinta, 32, uma das integrantes do coletivo Acidum e dos nomes mais conhecidos do grafite cearense, a quantidade de meninas se apropriando da arte urbana como forma de se comunicar aumentou, mas ainda é necessário mais incentivo e grupos formados por elas. "Começamos a perder o medo de sair sozinhas, mas ainda é difícil, tem um pouco de resistência. A gente acaba saindo na rua mais no coletivo, porque é um tanto tranquilo. Porém, acredito na mudança. Até os festivais estão pensando sobre uma organização que seja igualitária".

 





Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br


 

 

 

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